Mãos congeladas, nunca mais!
domingo, 28 de setembro de 2008
Blog em busca de uma identidade
Mãos congeladas, nunca mais!
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Diesel - Pornô reciclado
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Fractais e neurônos são lindos, mas são arte?
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Violência e Mídia: o caso do assassino finlandês
Ontem, Matti Juhani, um jovem finlandês de 22 anos entrou armado numa escola e matou dez pessoas, antes de cometer suicídio. Os EUA colecionam casos semelhantes, um dos quais foi retratado em dois bons filmes, Tiros em Columbine (do aloprado Michael Moore) e Elefante (do cirúrgico Gus van Sant). Consta que o Finlandês gostava de ver vídeos sobre o incidente de Columbine. E, em todos esses casos, parece haver um padrão, são pessoas problemáticas, que se isolam vendo filmes violentos, jogando games violentos, e criando relações enigmáticas através da internet, onde dão pistas da tragédia que planejam. Portanto, está explicado: a culpa é do cinema, da televisão, dos games e da internet.
Toda vez que ocorre algo dessa ordem, discutem-se as possíveis conseqüências do excesso de violência nos meios de comunicação. Alguns desses comentários não escondem o desejo de que houvesse censura.
Idiotice.
Se a mídia tem alguma culpa nisso, eu diria que é mais por omissão: não imagino que inibir o acesso aos programas violentos seja uma solução para a violência. Mas tenho certeza de que a falta de uma programação comprometida com a educação e socialmente responsável seja algo diretamente ligado à violência, e também à corrupção, à miséria material, ao baixo nível de desenvolvimento cultural e social de um país. Enfim, melhor do que tirar os filmes e games violentos de circulação, seria garantir o acesso das crianças a uma programação de melhor qualidade.
Há outras coisas a se considerar, antes de culpar os meios de comunicação. O que Estados Unidos e Finlândia têm em comum? São os dois países mais armados do mundo ocidental (conforme reportagem do UOL). O que é mais significativo: um jovem jogar Doom ou ter acesso a uma arma de fogo? Doom me parece um jogo imbecil, mas certamente não é o maior problema aqui.
O Brasil teve também seu momento de destaque quando, em 1999, um rapaz entrou numa sessão do filme Clube da Luta, no cinema de um shopping de São Paulo, matou três pessoas e feriu outras quatro. É claro que o filme foi imediatamente responsabilizado. Tivemos nossa chance de coibir a venda de armas, mas deixamos passar. Preferimos continuar pensando em mecanismos de censura.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
A tela interativa do Fantástico
O Fantástico tem um formato tradicional, com Zeca Camargo e Patrícia Poeta em pé, algumas vezes já um tanto sem jeito, com a obrigação de balançar o corpo e gesticular conforme a fala. E tem a tela, anunciada como novidade, que tem que servir pra alguma coisa.
Quando apresentam uma reportagem, chamam, ampliam e deslocam imagens com a ponta dos dedos, fazem círculos e setas destacando coisas que às vezes não são lá muito visíveis. Os editores não podem simplesmente carregar a imagem na tela inteira, porque têm a obrigação de mostrar a performance desengonçada dos apresentadores, afinal, não é apenas uma animação, é um touchscreen com infográficos interativos.
Eu tenho uma boa TV de LCD mas, mesmo assim, uma TV dentro da TV é algo que não garante lá muita qualidade. A imagem fica longe, e eles ainda tem que fazer um esforço para não ficar na frente da tela.
Mas o que mais me incomoda é que não serve pra nada, não acrescenta nada. É diferente de uma aula, em que recursos gráficos podem ajudar a construir uma idéia. Pra que serve mostrar a foto de um fulano, a foto de uma fulana, circular o rosto de um e de outro, fazer uma setinha de um até outro pra dizer que eles tinham um relacionamento? É patético!
Tudo bem que a tecnologia seja um objeto de fetiche. Um iPod é legal mesmo quando desligado, um Porsche na garagem continua sendo um Porsche. Mas quando a coisa atrapalha, é hora de repensar um pouco se a tecnologia é, em si, um valor.